Delegação Francesa Visita Hemoap para Conhecer Modelo de Coleta de Sangue no Amapá

Guiana Francesa busca referência para reativar seu sistema de doação de sangue
Dando continuidade à agenda de compromissos com o Governo do Amapá, uma delegação da Guiana Francesa visitou nesta sexta-feira (14) o Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap). A comitiva foi liderada pela senadora Marie-Laure Phinéra-Horth e contou com a presença do vice-presidente da Coletividade Territorial da Guiana Francesa (CTG), Chester Leonce, do assessor parlamentar Chryst Passard e do secretário de Relações Internacionais do Amapá, Fabrício Penafort.
A visita teve como objetivo conhecer o modelo de coleta e processamento de sangue do Hemoap, especialmente os protocolos adotados na triagem sorológica para a doença de Chagas. Atualmente, a Guiana Francesa não realiza coletas de sangue há mais de 20 anos, devido à alta prevalência da doença na região. Como alternativa, todo o sangue utilizado nos hospitais guianenses é importado da França, percorrendo mais de 8 mil quilômetros até chegar a Caiena.
Reconhecimento da qualidade do Hemoap
O diretor-presidente do Hemoap, Eldren Lage, destacou que a presença da delegação francesa reforça a qualidade dos serviços prestados pelo instituto e abre caminho para parcerias que podem fortalecer a saúde pública nos dois territórios.
Durante a visita, a senadora Marie-Laure Phinéra-Horth acompanhou de perto os procedimentos realizados no Hemoap, com destaque para o rigoroso processo de triagem sorológica dos doadores, essencial para garantir a segurança do sangue coletado. A biomédica e gerente do Laboratório de Sorologia do Hemoap, Ivina Lopes, apresentou detalhadamente cada etapa desse protocolo, ressaltando sua importância na prevenção de infecções transmitidas pelo sangue.
Interesse em novas parcerias
A delegação francesa demonstrou grande interesse no modelo adotado pelo Amapá e busca alternativas para restabelecer um sistema seguro de coleta de sangue na Guiana Francesa. A expectativa é que essa troca de experiências possa resultar em futuras colaborações entre os serviços de saúde dos dois territórios.