O tradicional Ciclo do Marabaixo 2025 terá início neste sábado, 19 de abril, com uma rica programação que se estenderá até o dia 22 de junho, no “Domingo do Senhor”, logo após a celebração de Corpus Christi. Seguindo o calendário da Igreja Católica, o ciclo é um dos maiores símbolos da cultura popular amapaense, marcado pela devoção ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade, além de muita fé, música, dança e resistência cultural.
Este ano, o rufar das caixas, o cantar dos “ladrões” e o rodar das saias acontecem em sete barracões tradicionais de Macapá:
Berço do Marabaixo
Raízes da Favela Dica Congó
Associação Zeca e Bibi Costa (Azebic) – bairro Santa Rita
Marabaixo do Pavão e Raimundo Ladislau – bairro Laguinho
União Folclórica de Campina Grande (UFCG) e Santíssima Trindade da Casa Grande – região rural da capital
A edição 2025 do Ciclo também será especial por marcar o centenário de Benedita Guilherma Ramos, a “Tia Biló”, importante matriarca do Marabaixo do Laguinho, falecida em 2021, aos 96 anos. Figura emblemática da cultura popular, Tia Biló é lembrada por sua força, sabedoria e dedicação à tradição.
Novidades na programação
Este ano, o Ciclo do Marabaixo vem ainda mais completo e inovador, com ações que vão além da roda de Marabaixo. Entre as novidades estão:
Corrida de rua e pedal cultural, que irão percorrer os sete barracões participantes da festividade, unindo esporte, cultura e identidade local;
Lançamento de uma cartilha educativa, uma revista temática e um documentário sobre o Marabaixo, fortalecendo a preservação e divulgação dessa manifestação ancestral;
Projeto “Marabaixando entre Versos e Ladrões pelas plataformas digitais”, uma iniciativa inédita do Governo do Amapá, que promove a gravação de 16 faixas de ladrões de Marabaixo, agora disponíveis nas principais plataformas de streaming. A proposta é levar os cantos tradicionais para além dos barracões e rodas culturais, ampliando seu alcance a novas gerações e públicos fora do estado.
Com a mistura de tradição e inovação, o Ciclo do Marabaixo 2025 promete ser uma das edições mais marcantes dos últimos anos, um momento de reverência à ancestralidade e também de conexão com o futuro da cultura amapaense.
