Som Vascão: Uma tradição musical que passa de geração em geração

O Dia do Disco de Vinil será comemorado no dia 20 de abril no Brasil, e o Amapá conta com
um colecionador apaixonado por discos , cds e fitas cassetes, tudo das antigas.
Antônio Maia P. Góes, um homem de 64 anos,deu início a paixão pela música por causa do seu pai, Erondino Góes( In memoriam), nascido em Jaburu dos Alegres, no Pará, Antônio é casado, aposentado e pai de 5 filhos, avô de 11 netos e aguarda o nascimento do seu primeiro bisneto.

A paixão pela música começou na infância , quando seu pai montou um som caseiro com caixas de madeira e alto-falantes. Essa paixão só cresceu com o tempo, e hoje Antônio é dono de uma coleção impressionante de discos de vinil, CDs e fitas cassetes.
“Eu lembro que sempre gostei de música e dançar”, disse Antonio. “Cheguei a ir muito na União, uma sede dançante em Macapá. Ainda teve os tempos das Quebradas em Santana, época boa em que escutávamos as músicas que soavam como uma melodia”.
O Som Vascão, nome dado ao som do colecionador tem uma história rica e emocionante. Na década de 90, Antônio tocava em casamentos, aniversários e casas dançantes em Macapá e fora da capital. Seu som era conhecido por sua qualidade e variedade musical, e Antônio se tornou um nome respeitado na cena musical local.
“Antigamente as festas eram tocadas pelos sons que com o tempo levou o nome de aparelhagem”, disse Antonio. “Aos poucos fomos perdendo espaço após o surgimento das músicas ao vivo, hoje eu não toco mais em festas fora de casa. Já sou realizado. Ligo meu som e fico curtindo de boa”.
A tradição musical do Som Vascão passou de geração em geração, com os filhos e netos de Antônio compartilhando sua paixão pela música. Seus filhos Edileudo, Patrick e Antônio Ilderlan também herdaram a paixão pelo som, e seus netos Cauã e Vitor já demonstram interesse em seguir os passos do avô.
“Olha, não sei se meu primeiro bisneto vai gostar também. Espero que sim, porque a tradição precisa continuar. Aqui temos muitas histórias e digo que tudo passa na vida, mas o que fica são as histórias”. Relatou.
Com uma coleção de discos de vinil que inclui nomes como Roberto Carlos, Amado Batista, Alcione, Reginaldo Rossi, Diana e Fernando Mendes, Antonio é um verdadeiro guardião da música popular brasileira. E com a continuação da tradição do Som Vascão, é provável que sua paixão pela música continue a ser compartilhada por gerações futuras.